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segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Spartacus, o escravo que inspirou Stanley Kubrick


As pessoas que já tiveram a oportunidade de assistir ao filme “Spartacus”, dirigido por Stanley Kubrick e lançado em 1960, ou à série televisiva “Spartacus: Viva o Pecado”, exibida no Brasil desde 2010, talvez não saibam que o
protagonista de ambas as histórias existiu de verdade. Nascido em 120 a.C. na Trácia, um antigo território grego, Espártaco vivia como um pastor quando foi capturado pelo exército romano.

Frequentemente retratado no cinema e na televisão, Espártaco foi um gladiador de origem trácia e líder da mais célebre revolta de escravos na Roma Antiga, conhecida como “Terceira Guerra Servil” (também chamada de “Guerra dos Escravos” ou “Guerra dos Gladiadores”). Durante a revolta, Espártaco teria liderado um exército rebelde que contou com, aproximadamente, 90 mil ex-escravos.

SPARTACUS 1960


Nessa época, Roma lograra converter-se de uma simples cidade em um grande império. Os romanos dominaram várias localidades, como a península itálica, o Egito, a Gália, a península ibérica, a Grécia, a Síria e a Macedônia, dentre tantas outras. Nesse processo de expansão, as riquezas existentes nos territórios anexados (como ouro, prata e terras) eram confiscadas. Ainda faziam parte desse amplo butim os escravos. Largamente empregados na atividade agrícola, na mineração e em atividades urbanas variadas, os escravos eram ex-soldados ou civis aprisionados pelos romanos junto aos povos vencidos.



Após a vitória de Roma sobre Cartago na Terceira Guerra Púnica, os escravos passaram a constituir a principal força de trabalho, tornando-se, assim, a base do sistema econômico e da organização social romana. No entanto, essa situação de ampla exploração suscitou a eclosão de diversas revoltas de escravos contra as condições a que estavam submetidos. Dentre essas revoltas, uma das mais conhecidas foi a liderada por Espártaco entre os anos de 73 a.C. e 71 a.C., que teria reunido aproximadamente 100 mil escravos revoltosos sob o seu comando.



Logo após sua captura, Espártaco foi convertido em soldado a serviço de Roma. Porém, depois de desertar, ele foi recapturado pelos romanos e vendido como escravo em Cápua, uma cidade situada no sul da península itálica. Como era um homem forte, foi adquirido pelo proprietário de uma escola de gladiadores. Entretanto, em 73 a.C., Espártaco e cerca de duzentos escravos da mesma escola de Batiato revoltaram, possivelmente por conta dos maus tratos que recebiam. Muitos dos revoltosos não sobreviveram ao combate que se seguiu contra os guardas da escola. Dentre os vencedores estavam Plutarco e algumas dezenas de escravos, que conseguiram escapar.



Liderando um número crescente de escravos revoltosos, Espártaco reuniu um contingente aproximado de 90 mil homens sob seu comando. Eles obtiveram vitórias importantes sobre tropas do exército romano, até partirem para o norte, rumo à cordilheira dos Alpes, por onde pretendiam escapar do domínio de Roma.

Nessa jornada, Espártaco e seu exército voltaram a enfrentar tropas romanas, obtendo, em 72 a.C., outras importantes vitórias. O problema foi que a viagem rumo ao norte privou o grande grupo de escravos das fontes de alimentos necessários. Sem alternativas, Espártaco e seus homens tiveram de regressar ao sul, vindo a se instalar na região da Lucânia. Uma vez na cidade, os revoltosos foram novamente enfrentados pelos romanos. Dessa vez, no entanto, oito legiões de soldados de Roma, liderados por Marco Licínio Crasso, foram enviadas para fazer frente ao grupo de Espártaco. Era o fim da sublevação. O líder do movimento foi morto em combate. E certa de seis mil prisioneiros foram crucificados por Crasso na via Ápia, uma das estradas militares de Roma.


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